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Departamento de Metalurgia e Química
CEFET-MG

Relevante publicação do DMQ-TM na área de corrosão: Análise de falha e testes eletroquímicos na corrosão por cloreto de amônio em trocador de calor de unidade de hidrotratamento de diesel em refinaria de petróleo

Terça-feira, 14 de novembro de 2023
Última modificação: Terça-feira, 14 de novembro de 2023

O Professor Fernando Castro de Oliveira, do Departamento de Química e Metalurgia do Campus Timóteo do CEFET-MG (DMQ-TM), acaba de publicar um artigo de grande relevância no campo da engenharia química. Intitulado “Failure analysis and electrochemical testing of ammonium chloride corrosion in a heat exchanger in a diesel hydrotreating unit of a petroleum refinery,” o estudo aborda uma questão crítica no setor de refinarias de petróleo.

O artigo explora os desafios relacionados à presença de cloreto de amônio em trocadores de calor, especialmente na unidade de hidrotratamento de diesel de uma refinaria brasileira. A pesquisa identificou a corrosão por cloreto de amônio como a causa raiz de falhas em um trocador de calor de carcaça e tubos.

A complexidade do petróleo bruto, com sua mistura de hidrocarbonetos e impurezas diversas, torna o controle de sais, como o cloreto de amônio, crucial durante o processo de refino. A presença desses sais pode levar à corrosão de equipamentos e tubulações, bem como à formação de depósitos sólidos que comprometem o funcionamento eficiente das instalações.

O estudo do Prof. Fernando Castro de Oliveira utilizou métodos avançados, incluindo a análise de três tipos diferentes de aço inoxidável austenítico (304, 316L e 317L) em relação à resistência à corrosão. Experimentos eletroquímicos, como curvas de polarização potenciodinâmicas e espectroscopia de impedância eletroquímica, foram conduzidos em meios contendo cloreto de sódio e cloreto de amônio.

Os resultados revelaram que o aço 317L apresenta maiores regiões de passivação, valores mais altos de potencial de pitting, menor densidade de corrente de passivação e taxas de corrosão inferiores. Esses dados sugerem uma maior resistência à corrosão em ambientes contendo cloreto de amônio, como nas seções de hidrotratamento de diesel em refinarias de petróleo.

A aplicabilidade do aço 317L não se limita apenas à unidade de hidrotratamento de diesel; a pesquisa sugere que sua alta resistência à corrosão pode ser estendida a outras seções de refinarias, como unidades de destilação, craqueamento e coqueamento. Essa descoberta representa um avanço significativo, aumentando potencialmente a vida operacional de equipamentos, reduzindo intervenções de manutenção corretiva e aprimorando a segurança operacional nas plantas industriais.

A comunidade científica e a indústria de refinaria aguardam com expectativa os impactos práticos dessa pesquisa, que promete contribuir para a eficiência operacional e a segurança no setor de processamento de petróleo. O trabalho do Prof. Fernando Castro de Oliveira destaca-se como uma valiosa contribuição para o avanço da engenharia química e aprimoramento das práticas industriais em refinarias de petróleo. Confira o trabalho completo clicando aqui.